Olá pessoal!
É sábado, mas as AEs se aproximam, então, para quem quer revisar o conteúdo e pegar umas dicas, as postagens abaixo podem ajudar.
Vocês podem estudar também através das anotações feitas em sala, do livro didático e do material impresso que entreguei para vocês. Dúvidas, estou por aqui.
Abraços!!
Figuras de linguagem são construções que transformam o significado das palavras para tirar delas maior efeito ou para construir uma mensagem nova.
“Toda gente homenageia Januária na janela.”(Chico Buarque)
Existe nesta mensagem uma figura de linguagem: a aliteração, que provoca um efeito novo à frase (repetição de fonema j/g).
“Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. (Chico Buarque de Holanda)
Há nesta mensagem uma figura de linguagem: a comparação, que provoca um efeito novo à frase (sentir tanto que dá a impressão de ter morrido).
Tipos de figuras de linguagem
FIGURAS DE SOM
Aliteração: é a repetição proposital e ordenada de sons consonantais idênticos ou semelhantes. O efeito serve para reforçar a imagem que se quer transmitir.
“Chove chuva chovendo
Que a cidade de meu bem
Está-se toda se lavando” (Oswald de Andrade)
A repetição do som ch enriquece a idéia de chuva.
A bela bola rola:
A bela bola do Raul.” (Cecília Meireles)
Note como a repetição do fonema B pode sugerir a idéia de bola.
“Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, bolaço. Pelé sai dano balõeszinhos.
Vai, vira, voa, vara, quem viu, quem previu? GGGGoooolll.”
(Carlos Drummond de Andrade)
A repetição de alguns fonemas empresta ao enunciado o ritmo de jogo de futebol.
2. Assonância: é a repetição proposital de sons vocábulos idênticos ou semelhantes.
“A linha feminina é carimá
Moqueca, pititinga, caruru
Mingau puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Piraguá.” (Gregório de Matos Guerra)
Note que, além das aliterações, existem sons vocálicos usados repetidamente: a, i, u.
3. Paranomásia: é o uso de sons semelhantes em palavras próximas.
“Aquela estrela é dela
Vida, venta, vela, leva-me daqui.” (Raimundo Fagner)
“Eu, você, João girando na vitrola sem parar
A fossa , a bossa, a nossa grande dor...” (Carlos Lyra)
4. Onomatopéia: consiste na representação de certos sons, produzidos por animais ou coisas, ou mesmo de certos sons humanos.
“o pato
Vinha cantando alegremente
Quem, quem
Quando o marreco sorridente
Pediu
Para entrar também no samba...” (João Gilberto)
FIGURAS DE PALAVRAS OU DE PENSAMENTO
1. Comparação: é uma figura que consiste em identificar dois elemntos a partir de uma característica comum.
“Meu primo era belo como um Adônis.”(Lygia Fagundes Telles)
“Tio Dácio parecia bravo que nem fera.” (Alcântara Machado)
“Doramundo é alto feito um poste.” (Sergio Porto)
Uma comparação percorre as seguintes etapas:
● termo comparado → Doramundo
●termo comparante → poste
● termo comparativo→ feito
● ponto de comparação→ a altura
Na comparaçãao é obrigatória a presença do termo comparativo (como, feito, que nemetc.).
2. Metáfora: é o resultado de uma comparação mental.
“Tio Dácio era uma fera!”
“Doramundo era um poste.”
A metáfora consiste na semelhança entre a idéi a ser definida e a idéia que com ela se relaciona.
- Meu primo= idéia a ser defendida.
Meu primo é um Adônis. → - Adônis= idéia com que se relaciona.
Na metáfora não aparece o termo da comparação (como, que nem, feito) explicíto.
3. Catacrese: consiste em fazer uso de uma metáfora forçada, já desgastada pelo uso. O nome catacrese significa “abuso”.
pé de mesa, barriga da perna, enterrar uma agulha, aterrissar em alto-mar
4.Metonímia ou sinédoque
A associação de termos e idéias relacionados provoca, às vezes, a substituição de um termo por outro. Essa figura de linguagem é chamada metonímia, palavra que significa “mudança de nome”.Metonímia quer dizer mudança de nome. A relação de sentido e a associação de idéias provocam, às vezes, a substituição de um termo por outro.
Note, por exemplo, quando se diz: “Estou vendo o Spielberg de novo”, dando a entender: “Estou vendo o filem de Spielberg”.
Trata-se da substituição do autor pela obra, figura bastante fácil de ocorrer. Temos metonímia nas seguintes situações:
Substituição do autor pela obra:
“Ler Machado de Assis”, em vez de a obra de Machado de Assis.
Substituição de continente pelo conteúdo:
“Tomar um copo d’água”, em vez de a água que estava no copo.
Substituição da causa pelo efeito:
“Viver de trabalho”, em vez do produto do trabalho.
“Ganhar a vida”, em vez de ganhar os meios de vida.
Substituição do efeito pela causa:
“Sua a camisa para viver”, em vez de sua a camisa porque trabalha muito para viver.
Substituição do todo pela parte ou da parte pelo todo:
“Morar na cidade”, em vez de numa parte da cidade.
“Não ter teto onde morar”, em vez de casa para morar.
Substituição da matéria pelo objeto:
“Ele não vale um níquel”, em vez de uma moeda feita de níquel.
Substituição do lugar ou marca pelo produto:
“Fuma um havana”, em vez de um charuto fabricado em Havana.
“Tomar uma brahmas”, em vez de cervejas fabricas pela Brahma.