Em muitas situações do quotidiano são utilizadas em português palavras provenientes de outras línguas, como é o caso de aftershave, picnic ou ghetto. Estas palavras, a que se chama estrangeirismos, têm este nome por serem provenientes de outras línguas e serem escritas de acordo com a ortografia da sua língua de origem, em desacordo, num ou em vários aspetos, com a grafia, a morfologia ou a relação entre grafia e pronúncia do português. Estas palavras, pouco mais de mil, representam menos de 1% do léxico do português registado na MorDebe.
Os estrangeirismos são geralmente introduzidos na língua ao mesmo tempo que um conceito novo (por exemplo, bungee-jumping) ou pertencente a outra cultura (como é o caso de reggae) chega a um país de língua portuguesa. Se o uso for suficientemente frequente e duradouro, é comum o aparecimento de um termo ou expressão equivalente (como rato, "dispositivo informático", para mouse), ou a adaptação à escrita e à pronúncia do português - como aconteceu, entre muitos outros casos, com líder e futebol.
Muitas vezes, o uso de estrangeirismos é aparentemente desnecessário, dada a existência prévia de palavras equivalentes em português, como parece suceder com ranking (equivalente a classificação). A adoção de palavras estrangeiras sucede frequentemente através do vocabulário de um domínio de especialidade ou de um grupo social específico. Com o tempo, alguns estrangeirismos passam a ter uma alternativa em português, quer seja esta um equivalente (decalque semântico), como no caso de correio eletrónico para e-mail, quer seja um aportuguesamento (ou seja, uma forma adaptada a nível ortográfico, ou morfológico, ou mesmo semântico), como é o caso de suflé, proveniente do francês soufflé.
A verdade é que os estrangeirismos representam uma certa dependência econômica, importando tecnologias e com ela as palavras de outro idioma. Se resgatarmos a história das línguas, veremos que durante a expansão do Império Romano o idioma latino era passado obrigatoriamente aos povos dominados, pois sabia-se que inserir o idioma em uma região era o mesmo que dominá-lo. A língua é a principal identidade de um povo, por isso, preservá-la é, de certa forma, manter sua unidade.
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sábado, 17 de agosto de 2013
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3 comentários:
"A língua é a principal identidade de um povo, por isso, preservá-la é, de certa forma, manter sua unidade."
Realmente, mas no mundo globalizado atual, é praticamente impossível que os estrangeirismos não sejam adotados na nossa linguagem. Com a frequente necessidade de nos comunicarmos com pessoas falantes de outros idiomas, é um processo natural e que adiciona mais palavras que não possuem vernáculas ao nosso português.
Só se trata de barbarismo quando há a inclusão desses estrangeirismos no cotidiano, no caso de já existirem palavras equivalentes.
Psora, passa trabalho não, 102 te ama.
nem toda ela te ama...
mas eu e amo....
ou nao....
acho q sim...
e agora...
vo dormir...
òtima observação internauta desconhecido =) Concordo com vc a respeito dos estrangeirismos. A ideia é que vcs discutam e questionem, afinal esse espaço é para vcs. Pensar a respeito da língua é um grande passo para debatermos opiniões.
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